
Edição 019 - O excesso de energia solar já ameaça apagões no Brasil
O que você verá nesta edição:
Painéis solares que funcionam dentro de casa: células de perovskita captando luz artificial.
Curtailment em PCHs e risco de apagões solares: o desafio da flexibilidade no sistema elétrico.
Investimentos bilionários em renováveis: Lightsource bp (R$ 4,5 bi em solar) e a corrida do biometano.
Novas rotas industriais: Petrobras avalia fertilizantes e NetZero aposta em biochar da cana.
Transportes pesados em transição: caminhões híbridos na mineração e ônibus rodoviários a hidrogênio.
Diplomacia climática e fomento: pressão antes da COP30 e startups do clima mirando US$ 80 bi até 2029.
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PAINÉIS SOLARES DENTRO DE CASA: ENERGIA COM LUZ ARTIFICIAL
A Fast Company Brasil publicou que células de perovskita avançaram para converter luz artificial em energia, alcançando eficiência acima de 20% em testes. A solução pode alimentar sensores e dispositivos IoT em ambientes internos, reduzindo descarte de pilhas e custos de manutenção. A adoção pode abrir novas frentes de negócio em logística, varejo e agronegócio indoor. 🔗 Leia a matéria na Fast Company Brasil
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA
Conceito inovador de geração de energia sem nova infraestrutura de geração. Para a indústria, habilita sensores autônomos em galpões e ambientes críticos. O desafio está em durabilidade, custo e normalização para garantir segurança e confiabilidade em escala.
TURBINAS VOADORAS’ PARA GERAÇÃO CONTÍNUA
De acordo com a Fast Company Brasil, novas arquiteturas de aerogeradores em alta altitude — como kites com turbinas integradas e drones conectados por cabos — buscam ventos mais estáveis e intensos, aumentando o fator de capacidade. A proposta mira aplicações em áreas remotas e sistemas isolados, apesar de enfrentar desafios regulatórios e de segurança aérea.
🔗 Leia a matéria na Fast Company Brasil
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA
Complementa a geração eólica on/offshore em nichos estratégicos. As principais barreiras são certificação aeronáutica, uso do espaço aéreo, O&M e aceitação social. Pilotos em redes isoladas no Brasil podem validar custo total e confiabilidade. 🎥 Assista ao vídeo no canal
CURTAILMENT DEVE ALCANÇAR PCHS NO BRASIL
A Folha de S.Paulo noticiou que, em medida inédita, cortes de geração podem atingir pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). O cenário expõe a saturação local do despacho e limitações para absorver renováveis variáveis sem maior flexibilidade. Armazenamento, gestão de demanda e revisão das regras de conexão voltam ao centro do debate. 🔗 Leia a matéria na Folha de S.Paulo
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA
Curtailment recorrente reduz atratividade de projetos e exige novos mecanismos de equilíbrio: baterias, reservatórios reversíveis e resposta da demanda. Sinalização econômica e coordenação regulatória são cruciais. Também abre espaço para consumo intensivo fora da rede em setores eletrointensivos. 🎥 Assista ao vídeo no canal
STARTUP DE ENERGIA GEOTÉRMICA USA FLUIDOS REFRIGERANTES
Segundo a Folha de S.Paulo, uma startup americana está desenvolvendo geração geotérmica com fluidos refrigerantes, capazes de captar calor em regiões de baixa temperatura do solo e transformá-lo em eletricidade. A inovação pode reduzir barreiras de custo e localização, além de viabilizar aplicações descentralizadas em indústrias, prédios e comunidades. 🔗 Leia a matéria na Folha de S.Paulo
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA
A proposta cria uma base menos dependente de recursos naturais, mas enfrenta desafios de viabilidade econômica, escalabilidade e marco regulatório. O sucesso dependerá da maturidade tecnológica e de modelos financeiros competitivos.
CUMMINS E KOMATSU DESENVOLVEM CAMINHÕES
DE MINERAÇÃO HÍBRIDOS
A Cummins Newsroom anunciou uma parceria com a Komatsu para desenvolver caminhões híbridos de mineração. A combinação de motores a combustão e eletrificação busca reduzir consumo de diesel e emissões de CO₂, mantendo a potência exigida em operações pesadas. O projeto pode redefinir padrões de eficiência no setor. 🔗 Leia a matéria na Cummins Newsroom
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA
A mineração é um campo fértil para soluções híbridas. Ganhos em eficiência e redução de emissões podem abrir espaço para liderança tecnológica brasileira. Apesar de limitada no curto prazo em termos de descarbonização, a solução traz avanços importantes de competitividade e eficiência.

LIGHTSOURCE BP ANUNCIA R$ 4,5 BI EM 1,4 GW SOLARES
O Valor Econômico noticiou que a Lightsource bp expandirá seu portfólio no Brasil com 14 projetos fotovoltaicos, somando 1,4 GW de capacidade. O investimento de R$ 4,5 bilhões reforça o apetite de capitais globais pela geração renovável no país, pressionando a infraestrutura de transmissão e a necessidade de PPAs bancáveis. 🔗 Leia a matéria no Valor Econômico
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA
Sustenta o pipeline de EPCs e fornecedores locais. Entre os riscos, destacam-se conexão, curtailment e volatilidade de preços. A diversificação de prazos e indexadores nos contratos será fundamental para mitigar incertezas.
BIOMETANO: O ‘PRÉ-SAL CAIPIRA’ ATRAI BILHÕES
O NeoFeed publicou que projetos de biometano estão crescendo a partir de resíduos agroindustriais e urbanos, garantindo contratos de longo prazo com indústrias e distribuidoras. A rota reduz emissões de metano, substitui gás fóssil importado e gera renda regional, integrando-se a fertilizantes e logística. 🔗 Leia a matéria no NeoFeed
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA
Combina abatimento rápido de CH₄ com segurança energética. Os principais gargalos são padronização da qualidade, acesso à rede e financiamento do CAPEX. O consumo local descentralizado pode ser a chave para acelerar a competitividade, com potencial de substituir até 70% do consumo de diesel no país.
ÔNIBUS RODOVIÁRIO A HIDROGÊNIO INICIA TESTES
De acordo com o Driving Hydrogen, a Daimler Buses iniciou testes com um coach Setra movido a célula a combustível de hidrogênio em rotas de longa distância. O objetivo é avaliar desempenho, custo, segurança, abastecimento e confiabilidade operacional em condições reais. 🔗 Leia a matéria no Driving Hydrogen
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA
Para transporte rodoviário de longa distância, o H₂ pode reduzir tempo de parada e peso embarcado. Sua viabilidade depende do preço do hidrogênio e da malha de abastecimento. O avanço deve ocorrer primeiro em fertilizantes e processos químicos, mas nichos de mobilidade podem ganhar competitividade mais cedo. 🎥 Assista ao vídeo no canal
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA COM REALIDADES LOCAIS
A AutoIndústria publicou um artigo defendendo políticas energéticas ajustadas à renda, matriz e território de cada região. Soluções uniformes elevam custos e alimentam resistências; rotas como biocombustíveis e eficiência devem ser priorizadas conforme o contexto local. 🔗 Leia a matéria na AutoIndústria
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA
A transição energética é múltipla em fontes limpas, mas profundamente particular em cada região. Para acelerar, é necessário ajustar políticas às realidades econômicas e sociais locais. Legislações neutras em tecnologia são essenciais para não limitar alternativas viáveis. 🎥 Assista ao vídeo no canal
PETROBRAS RETOMA PLANOS PARA O SETOR DE FERTILIZANTES
Segundo o InvestNews, a Petrobras avalia retomar projetos em fábricas de fertilizantes nitrogenados, buscando reduzir a dependência de importações de ureia e amônia. A medida fortalece a segurança alimentar, a cadeia do agronegócio e gera sinergias com gás natural e energia. 🔗 Leia a matéria no InvestNews
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA
A integração energia-agro é estratégica para reduzir vulnerabilidades externas e estimular soluções de baixo carbono em insumos agrícolas. Embora não seja, no primeiro momento, uma troca tecnológica, cria a base para rotas futuras, como o hidrogênio.
NETZERO FARÁ BIOCHAR A PARTIR DA PALHA E DO BAGAÇO DA CANA
A Globo Rural noticiou que a NetZero vai produzir biochar utilizando resíduos como palha e bagaço da cana-de-açúcar. O produto melhora a qualidade do solo, aumenta a retenção de água e captura carbono de forma estável por décadas. A iniciativa fortalece a bioeconomia e conecta o setor sucroenergético às estratégias globais de descarbonização. 🔗 Leia a matéria na Globo Rural
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA
O biochar é um ativo climático e agrícola. A escala depende de logística eficiente da biomassa e da certificação de créditos de carbono. Tecnologias de pirólise são fundamentais para tornar a recuperação de resíduos economicamente competitiva.

COALIZÃO DE PAÍSES PROMETE CORTES MAIORES DE EMISSÕES
O Valor Econômico publicou que uma articulação diplomática busca ampliar a ambição climática antes da COP30, com metas mais rígidas de redução de gases de efeito estufa. A medida pode impactar cadeias intensivas em carbono e instrumentos como o CBAM, tendo a coordenação entre grandes emissores como ponto sensível.🔗 Leia a matéria no Valor Econômico
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA
Se concretizado, afetará padrões de importação e custo de capital. É essencial que o programa seja desenhado para fomentar desenvolvimento, evitando perdas econômicas relevantes. O Brasil pode se posicionar com agro de baixa emissão, bioenergia e rastreabilidade como diferenciais.
AGRO TEM BOAS PERSPECTIVAS, MAS ENFRENTA DESAFIOS
O Valor Econômico (Impresso) relatou que, apesar do otimismo com safra e exportações, o agronegócio enfrenta obstáculos como clima, infraestrutura e crédito. A discussão reforça a importância de seguros climáticos e logística eficiente, além da integração com bioinsumos e combustíveis sustentáveis. 🔗 Leia a matéria no Valor Econômico
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA
A competitividade do agro depende de corredores logísticos robustos e maior resiliência climática. O biometano no campo pode reduzir custos energéticos, enquanto a integração entre agro e indústria potencializa menores emissões e ganhos econômicos na cadeia como um todo. 🎥 Assista ao vídeo no canal
ANEEL CONVOCA REUNIÃO SOBRE RISCO DE APAGÃO
POR EXCESSO DE ENERGIA SOLAR
De acordo com a XP Investimentos, a Aneel convocou reunião para debater alternativas diante do risco de apagões locais causados pelo avanço acelerado da geração solar no Brasil. Entre as soluções em discussão estão incentivos ao armazenamento, resposta da demanda e revisão das regras de conexão. 🔗 Leia a matéria na XP Investimentos
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA
Tema urgente para a segurança energética. Armazenamento e resposta da demanda são essenciais para sustentar a expansão solar e eólica. No entanto, depender apenas do governo significa baixa capacidade de investimento — novos modelos de infraestrutura e consumo precisarão ganhar espaço.
DESASTRE CLIMÁTICO MOLDA DEBATE SOBRE TRANSPORTE NO SUL
O Valor Econômico noticiou que eventos climáticos extremos recentes no Sul do Brasil, como enchentes e chuvas intensas, expuseram a fragilidade da infraestrutura de transporte. Especialistas defendem obras resilientes, rotas alternativas e integração de métricas climáticas em políticas públicas e concessões. 🔗 Leia a matéria no Valor Econômico
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA
Evidencia a urgência de obras resilientes e cria oportunidades para PPPs em transporte sustentável. Novas métricas de risco climático devem ser integradas ao planejamento para evitar colapsos futuros e alinhar investimentos à adaptação climática.

PROJETO DA NESTLÉ FOMENTA USO DE PLANTAS DE
COBERTURA EM ÁREAS DE CEREAIS
A Globo Rural noticiou que a Nestlé lançou um programa para incentivar o uso de plantas de cobertura e rotação de culturas em áreas de cereais. As práticas aumentam a resiliência do solo, reduzem pragas e doenças e promovem produtividade sustentável, fortalecendo cadeias de suprimentos regenerativas. 🔗 Leia a matéria na Globo Rural
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA
Demonstra como grandes players do agro podem induzir mudanças estruturais. Para ganhar escala, será necessário maior engajamento dos agricultores e o desenho de incentivos financeiros eficazes.
STARTUPS DO CLIMA PODEM ATRair US$ 80 BI ATÉ 2029
O Valor Econômico (COP30 Amazônia) publicou que estimativas indicam até US$ 80 bilhões em investimentos para climate techs no Brasil e na Amazônia até 2029. O foco será energia, agro de baixo carbono e bioeconomia, com forte ênfase em MRV (mensuração, relato e verificação). Instrumentos como blended finance e dívida verde aparecem como caminhos de escala. 🔗 Leia a matéria no Valor Econômico
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA
Startups precisarão mostrar unit economics positivos desde os pilotos e métricas de impacto auditáveis para atrair capital. Adoção de metodologias alinhadas a padrões internacionais será determinante para acelerar a captação.
RELATÓRIO FIESP DESTRINCHA POTENCIAL DO BIOMETANO
A FIESP publicou um relatório técnico detalhando oferta, rotas tecnológicas e oportunidades para o biometano em São Paulo e no Brasil. O material pode servir de base para políticas públicas e projetos industriais, recomendando padronização para injeção em rede e mapeamento de feedstocks regionais. 🔗 Leia a publicação da FIESP
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA
Ferramenta estratégica para orientar linhas de financiamento (BNDES/Finep) e contratos de médio prazo (PPAs). Além do impacto ambiental, muitas dessas soluções já apresentam redução de custos operacionais, fortalecendo a competitividade.
Entender é construir o futuro melhor.
Abraços
André Ferrarese


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