Cubos de madeira com ícones representando os pilares ESG — Ambiental, Social e Governança — dispostos à frente de um globo terrestre borrado ao fundo. A imagem destaca a importância da integração de práticas sustentáveis nas estratégias corporativas, alinhada ao conceito de Descarbonização Competitiva.

Edição 007 - O agro brasileiro está preparado para a nova era verde?

July 08, 202515 min read

O que você verá nesta edição:

  • Inovação brasileira permite multiplicar por 8 a produção de biocombustíveis

  • Petrobras avalia joint venture em etanol e Gerdau investe em reciclagem

  • Governo aprova E30 e B15; RenovaBio sofre pressão por governança

  • Queimadas batem recorde e financiamento verde emperra no agro

  • Tesla lança megaprojeto de baterias na China e VLT avança em SP

  • Bioenergia atinge 30% da matriz, mas o agro ainda depende de fósseis

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PROJETO FLEX PARA CAMINHÕES PESADOS AVANÇA

A Autodata publicou que a Cummins, Vale e Komatsu estão desenvolvendo um projeto para adaptar caminhões de grande porte (230–290 toneladas) a operarem com até 70% de etanol, reduzindo proporcionalmente suas emissões de CO₂. O objetivo é transformar o setor de logística pesada com soluções viáveis de descarbonização. 🔗 Leia matéria na Autodata

🔍 Análise Descarbonização Competitiva:

Este projeto aponta para uma disrupção logística estratégica. Ao permitir que veículos pesados utilizem misturas de etanol e diesel de forma ajustável, abre-se uma janela de transição que reduz a pegada de carbono sem depender de infraestrutura completamente nova. Essa é uma abordagem que pode ampliar a competitividade das commodities brasileiras em mercados exigentes em carbono.


TESLA VAI CONSTRUIR ESTAÇÃO DE ARMAZENAMENTO EM XANGAI

Segundo o Poder360, a Tesla anunciou investimento de US$556 milhões (aproximadamente 4 bilhões de yuans) para construir sua primeira estação Megapack em Xangai. O projeto terá capacidade de armazenamento de energia em escala de gigawatt-hora, conectando-se diretamente à rede elétrica chinesa. 🔗 Leia matéria no Poder360

🔍 Análise Descarbonização Competitiva:

A Tesla tem apostado há anos em soluções estacionárias, sabendo que a infraestrutura de carregamento é o gargalo da mobilidade elétrica. A queda nas vendas de ônibus elétricos na China, por falta de infraestrutura, reforça a urgência de soluções como bancos de baterias. Embora os custos ainda sejam altos, trata-se de uma abordagem com menor dependência estrutural e maior potencial de flexibilidade. 🎥 Assista no Canal


BIOENERGIA REPRESENTA 30% DA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA

Conforme revelou a Globo Rural, estudo da FGV aponta que a bioenergia já corresponde a 30% da matriz energética brasileira. A maior contribuição vem da biomassa da cana-de-açúcar, que responde por 16,8%. 🔗 Leia matéria na Globo Rural

🔍 Análise Descarbonização Competitiva:

Esse marco reforça a robustez das renováveis no Brasil. Importante agora é diversificar a oferta de energia limpa no agro, reduzindo o uso de fontes fósseis. O etanol, sozinho, equivale a toda a produção de eletricidade limpa no país — um dado pouco compreendido em muitos fóruns internacionais. Além disso, a bioenergia se destaca por sua capacidade de gerar empregos e promover desenvolvimento regional, especialmente nas cidades que abrigam usinas.

🎥 Assista no Canal


AGRICULTURA AINDA DEPENDE FORTEMENTE DE FONTES FÓSSEIS

A Globo Rural divulgou que, apesar do avanço da bioenergia, o setor agropecuário brasileiro continua consumindo 1,4 GJ de energia fóssil para cada mil dólares de produção — um patamar acima da média global. 🔗 Leia matéria na Globo Rural

🔍 Análise Descarbonização Competitiva:

Importante contextualizar o dado: o Brasil está acima da média global não por ineficiência, mas por produzir em volume muito superior. Quando se considera a energia consumida por tonelada de produto, o desempenho brasileiro é mais alinhado com a média. As alternativas mais promissoras para reduzir a dependência de fósseis na agropecuária são biometano (usado em caminhões, motobombas e geradores), etanol (em tratores e colheitadeiras) e eletrificação em máquinas de menor porte. Essas soluções reforçam o papel do próprio agro na geração dos seus combustíveis.


AVANÇO CIENTÍFICO PODE MULTIPLICAR POR 8 A
OFERTA DE BIOCOMBUSTÍVEIS

O Canal Online noticiou que pesquisadores brasileiros desenvolveram uma tecnologia capaz de permitir o uso de diferentes tipos de biomassa na mesma planta industrial. Isso pode aumentar em até 8 vezes a oferta de biocombustíveis no país. 🔗 Leia matéria no Canal Online

🔍 Análise Descarbonização Competitiva:

A inovação foca na recuperação ampla de resíduos agrícolas, aumentando a flexibilidade e produtividade das usinas. Isso reduz custos operacionais com ociosidade e impulsiona o uso sustentável de áreas agrícolas. A crítica internacional de que biocombustíveis competem com alimentos e provocam desmatamento é ultrapassada em realidades como a brasileira, onde terras degradadas são subutilizadas. Com ganhos em escala como este, o potencial dos biocombustíveis se fortalece na transição energética global.


HIDROGÊNIO VERDE AVANÇA COMO ALTERNATIVA À GASOLINA

O Valor Econômico publicou que a paridade de preço entre hidrogênio verde e gasolina está se aproximando, especialmente em países com ampla capacidade de geração solar e eólica.
🔗 Leia matéria no Valor Econômico

🔍 Análise Descarbonização Competitiva:

Embora promissora, a conclusão da matéria carece de embasamento econômico sólido. Atualmente, o hidrogênio verde é comercializado a cerca de US$8/kg na Europa, enquanto 1 kg de H equivale ao desempenho de 3 litros de diesel, o que exige comparações econômicas diretas. No Brasil, com maior potencial de energia limpa, a expectativa é atingir US$2/kg patamar que sim, tornaria o hidrogênio competitivo. Mas esse cenário ainda não tem viabilidade implementada. A transição só será consolidada se for técnica, ambiental e economicamente viável.


ONGS BRASILEIRAS FORTALECEM APROXIMAÇÃO COM A CHINA

O Valor Econômico noticiou que uma missão recente a Pequim reforçou o interesse de ONGs brasileiras em estabelecer parcerias com a China para avançar em temas como desenvolvimento verde, inovação e produção tecnológica voltada aos biocombustíveis. 🔗 Leia matéria no Valor Econômico

🔍 Análise Descarbonização Competitiva:

Esse movimento sinaliza um alinhamento estratégico dentro do contexto dos BRICS, com destaque para oportunidades de transferência tecnológica e acesso a financiamento verde. A articulação pode transformar soluções já consolidadas no Brasil — como biocombustíveis e agricultura sustentável — em plataformas internacionais, posicionando o país como um hub para escalabilidade de tecnologias voltadas à descarbonização em nações de dimensões continentais. A aproximação também ajuda a diversificar parceiros econômicos em um cenário global cada vez mais fragmentado.

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PETROBRAS MIRA PARCERIA EM ETANOL

O Money Times divulgou que a Petrobras poderá anunciar uma joint venture no setor de etanol até o segundo semestre de 2025. A iniciativa busca consolidar a presença da estatal nesse segmento estratégico e acelerar sua transição energética. 🔗 Leia matéria no Money Times

🔍 Análise Descarbonização Competitiva:

A entrada da Petrobras no mercado de etanol pode redefinir as dinâmicas do setor, com potencial de integrar infraestrutura e logística em larga escala. A questão é se a estatal terá competência agrícola para enfrentar esse novo desafio. A possível movimentação também pode abrir portas para futuros investimentos em combustíveis sintéticos — apontados como rota viável para descarbonizar cadeias fósseis. Vale acompanhar os desdobramentos.


BNDES FINANCIA GERDAU COM R$566MI PARA
MINERODUTO E RECICLAGEM

O Valor Econômico publicou que o BNDES aprovou R$566 milhões do Fundo Clima para financiar um mineroduto de 13km, um rejeitoduto de 10km e um novo centro de reciclagem da Gerdau. A estimativa é de redução de 100 mil toneladas de CO equivalente por ano. 🔗 Leia matéria no Valor Econômico

🔍 Análise Descarbonização Competitiva:

Ao verticalizar suas operações e internalizar parte da logística e da reciclagem, a Gerdau reduz custos, amplia controle da cadeia e melhora significativamente sua pegada de carbono. A medida reforça o papel estratégico da economia circular e a importância de alianças setoriais ou integração vertical como formas competitivas de descarbonização. Um modelo que pode inspirar outras indústrias.


MULTINACIONAIS INTENSIFICAM PRÁTICAS DE CIRCULARIDADE

O Valor Econômico noticiou uma pesquisa da Bain & Company, Fórum Econômico Mundial e Universidade de Cambridge, com 420 executivos, que revelou que 73% das multinacionais esperam aumento de receita com economia circular. Apesar disso, só 25% atuam de forma integrada em reciclagem, extensão do ciclo de vida e compartilhamento. 🔗 Leia matéria no Valor Econômico

🔍 Análise Descarbonização Competitiva:

Adotar práticas de circularidade vai além do discurso sustentável — é uma decisão estratégica que reduz dependência de matérias-primas virgens e fortalece a resiliência das cadeias. Setores como alimentos, eletrônicos e químicos se destacam, mas o grande desafio está em alinhar inovação tecnológica com escala industrial. A circularidade, quando integrada de forma estrutural, se torna diferencial competitivo.


MERCADO JÁ OFERECE OPÇÕES SUSTENTÁVEIS

O Valor Econômico publicou que embalagens sustentáveis produzidas com alumínio, papel ou até etanol estão ganhando espaço no mercado brasileiro. Empresas como Minalba, Suzano e Braskem lideram a adoção dessas soluções. O principal desafio é reduzir o custo adicional dos produtos e promover a escalabilidade do modelo. 🔗 Leia matéria no Valor Econômico

🔍 Análise Descarbonização Competitiva:

Essa janela de substituição do plástico representa uma oportunidade real para a criação de valor ambiental e econômico. Governos podem acelerar essa transição ao adotar essas soluções em compras públicas e ao oferecer incentivos regulatórios. Contudo, é essencial garantir viabilidade econômica e tecnológica — subsídios mal estruturados podem criar dependência sem garantir escala.


HYDROGEN SYSTEM NO PORTO DE ROTTERDAM AVANÇA

A Fuel Cell Works divulgou que está em curso a construção de um sistema completo de hidrogênio no Porto de Rotterdam, unindo produção, importação, armazenamento e transbordo, com foco na indústria do noroeste europeu. 🔗 Leia matéria na Fuel Cell Works

🔍 Análise Descarbonização Competitiva:

Com essa infraestrutura integrada, Rotterdam se consolida como hub europeu de hidrogênio, estabelecendo padrões e aprendizados que podem servir de modelo para projetos semelhantes no Brasil. É também um indicativo de que o futuro da competitividade energética passa pela organização de cadeias completas e pela cooperação internacional. 🎥 Vídeo do Canal


BIODIESEL GERA RENDA E PRESERVA FLORESTA EM PÉ

O Valor Econômico noticiou que o Selo Biocombustível Social já direcionou cerca de R$30 bilhões à agricultura familiar, com projetos em Pernambuco que aliam renda rural e práticas agroflorestais para produção de biodiesel.🔗 Leia matéria no Valor Econômico

🔍 Análise Descarbonização Competitiva:

Esse modelo une inclusão produtiva, segurança alimentar e conservação ambiental — uma rota estratégica para fomentar a bioeconomia de base territorial. O biodiesel social fortalece cadeias curtas, resiliência local e pode ser espelho de políticas públicas de impacto.


USINA CORURIPE MONETIZA RESERVA PARTICULAR
PARA CRÉDITOS DE CARBONO

Segundo o Globo Rural, a Usina Coruripe transformou 20 mil hectares de RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) em ativo ambiental, com a meta de expandir para 50 mil hectares e gerar até 72 mil créditos de carbono por ano. 🔗 Leia matéria no Globo Rural

🔍 Análise Descarbonização Competitiva:

Ao transformar conservação em geração de valor, a Coruripe amplia o conceito de infraestrutura no agronegócio — conectando sustentabilidade, mercado de carbono e segurança ambiental. Um case emblemático de como ativos ambientais podem impulsionar competitividade no campo.

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RECICLAGEM DE PLÁSTICO PRECISA DE INCENTIVOS FISCAIS

O Valor Econômico divulgou que a reciclabilidade média de embalagens plásticas no Brasil é de apenas 24,3%. Mesmo com algumas categorias alcançando índices de até 97% via logística reversa, o avanço estrutural depende de incentivos fiscais que tornem o material reciclado competitivo frente ao plástico virgem. 🔗 Leia matéria no Valor Econômico

🔍 Análise Descarbonização Competitiva:

A chamada “tributação verde” pode exercer papel articulador para equilibrar custos e fomentar inovação no setor. No entanto, é fundamental avaliar as rotas de maior valor agregado — nem sempre a reciclagem tradicional será a melhor saída. Em alguns casos, o uso energético dos resíduos pode ser mais eficiente do ponto de vista ambiental, econômico e tecnológico.


BRASIL QUER INCLUIR CARRO E AÇÚCAR NO MERCOSUL

O Valor Econômico publicou que o governo brasileiro pretende negociar a inclusão de automóveis e açúcar no regime de livre comércio do Mercosul. Atualmente, ambos os setores permanecem protegidos por salvaguardas temporárias. 🔗 Leia matéria no Valor Econômico

🔍 Análise Descarbonização Competitiva:

Essa abertura comercial pode gerar ganhos expressivos para o setor sucroenergético, especialmente o etanol, ao acessar um mercado regional mais amplo. Porém, sem uma política industrial robusta, o setor automotivo brasileiro corre o risco de fragilização. Essa agenda é chave para ampliar a pauta de descarbonização brasileira na América do Sul, conectando mercado, diplomacia e inovação.


QUEIMADAS EM 2024 BATEM RECORDE; AMAZÔNIA LIDERA

O Valor Econômico noticiou que 2024 registrou o maior número de queimadas da série histórica, com a Amazônia liderando entre os biomas mais afetados, segundo dados do MapBiomas, Copernicus e Ibama. 🔗 Leia matéria no Valor Econômico

🔍 Análise Descarbonização Competitiva:

Os impactos das queimadas comprometem seriamente os avanços em carbono, biodiversidade e imagem internacional. É urgente reforçar mecanismos de vigilância, punição e políticas integradas de uso da terra. Além disso, é essencial distinguir o papel das queimadas e do desmatamento no balanço de emissões — cada um demanda estratégias específicas e articuladas para controle.


EX-ANFAVEA DEFENDE POLÍTICA NACIONAL DE ELETROMOBILIDADE

Luiz Carlos Moraes, ex-presidente da Anfavea, defendeu a criação de uma política nacional voltada à eletromobilidade no Brasil. A proposta inclui incentivos claros e uma integração robusta da cadeia de valor. 🔗 Leia matéria no Valor Econômico

🔍 Análise Descarbonização Competitiva:

Apesar da importância do tema, os incentivos à eletromobilidade falharam em muitos países por falta de integração com as especificidades locais. No Brasil, a rota preferencial deveria combinar eletrificação com biocombustíveis, aproveitando a maturidade da frota flex e a base agroindustrial nacional. Um modelo híbrido poderia unir descarbonização e viabilidade econômica.


GOVERNO APROVA AUMENTO DO ETANOL
E BIODIESEL NOS COMBUSTÍVEIS

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou a elevação da mistura obrigatória de etanol na gasolina de 27% para 30% (E30), e do biodiesel no diesel de 14% para 15% (B15), com validade a partir de julho de 2025.🔗 Leia matéria no Gov.br

🔍 Análise Descarbonização Competitiva:

Trata-se de um movimento político e técnico coerente com a vocação brasileira em biocombustíveis. A medida fortalece a cadeia produtiva, reduz a dependência externa por combustíveis fósseis e valoriza a infraestrutura existente da frota flex. É um exemplo de como políticas públicas podem ser estruturantes quando integram sustentabilidade, economia e soberania energética.


MERCADO COBRA ANP POR LISTA SUJA DO RENOVABIO

O setor de biocombustíveis pressiona a ANP pela publicação da chamada “lista suja” do RenovaBio — um inventário público de produtores com irregularidades — alegando que a ausência de transparência pode prejudicar a credibilidade do programa. 🔗 Leia matéria no Valor Econômico

🔍 Análise Descarbonização Competitiva:

A credibilidade dos CBios depende diretamente da confiança no sistema de certificação e governança. A não publicação da lista compromete essa percepção, além de prejudicar o desenvolvimento do mercado como mecanismo de valorização ambiental. Transparência e abertura ao mercado são essenciais para destravar o potencial transformador do programa.

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LEILÕES DE SANEAMENTO PODEM MOVIMENTAR R$27BI

Leilões previstos no setor de saneamento podem atrair até R$27 bilhões em investimentos privados, com foco na ampliação das redes de abastecimento de água e esgotamento sanitário no país.
🔗 Leia matéria no Valor Econômico

🔍 Comentários da Descarbonização Competitiva:

A atração de capital privado para o saneamento básico é uma iniciativa estratégica tanto para saúde pública quanto para preservação ambiental. O desafio central está em garantir que os contratos firmados tragam cláusulas claras de desempenho ambiental e eficiência energética. Uma oportunidade relevante é integrar o tratamento de resíduos (como lodo de esgoto) à geração de biogás, o que pode viabilizar sistemas de economia circular no saneamento e fomentar a descarbonização do transporte público urbano.


EXCEDENTE DE ETANOL PARA EXPORTAÇÃO

Estudos indicam que o aumento da mistura de etanol nos combustíveis brasileiros pode liberar cerca de 700 milhões de litros de gasolina para exportação. 🔗 Leia matéria no Brasil Agro

🔍 Comentários da Descarbonização Competitiva:

A liberação de excedente de gasolina para o mercado externo é um reflexo positivo da política de aumento da mistura de etanol, reduzindo a pressão sobre a balança comercial e posicionando o Brasil como fornecedor global em tempos de transição energética. Além disso, é uma ação estratégica de descarbonização internacional, já que o petróleo brasileiro possui uma das menores pegadas de carbono do mundo — o que aumenta seu valor competitivo no exterior.


ÔNIBUS RENOVADOS E MAIS RÁPIDOS PARA RECUPERAR CLIENTELA

Empresas de transporte coletivo lançam plano de renovação de frota com veículos mais modernos, silenciosos e confortáveis, e criação de linhas expressas para atrair passageiros que migraram para apps de mobilidade. 🔗 Leia matéria na Exame

🔍 Comentários da Descarbonização Competitiva:

A modernização da frota é um passo inicial, porém crucial, para tornar o transporte público mais competitivo. A próxima fase deve focar em veículos com energia limpa — como biometano e elétricos — aliando conforto à redução de emissões. O planejamento precisa considerar soluções economicamente sustentáveis, evitando onerar os cofres públicos. Vale destacar a urgência de expandir o transporte público em cidades menores: atualmente, cerca de 50% dos municípios brasileiros não possuem nenhuma forma estruturada de transporte coletivo. 📹 Veja vídeo no Canal


ESTAÇÕES DO FUTURO VLT NO CENTRO DE SÃO PAULO

O projeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) prevê um trajeto circular de 12km passando por bairros históricos da capital paulista. A estimativa é de redução de até 88,6 toneladas de CO por dia, especialmente se houver integração com as linhas de ônibus no entorno.
🔗 Leia matéria no Estadão

🔍 Comentários da Descarbonização Competitiva:

O VLT no centro de São Paulo representa uma estratégia de mobilidade urbana eficiente, sustentável e com grande apelo turístico. Sua implementação pode ser uma âncora para revitalização do centro, com benefícios diretos na qualidade do ar e na fluidez do transporte público. A maturidade do projeto, no entanto, dependerá da articulação entre municípios e da governança metropolitana. Do ponto de vista técnico, a eletrificação direta (sem uso de baterias) torna o modelo ainda mais atrativo economicamente e com maior viabilidade de operação contínua.


FINANCIAMENTO VERDE EMPERRA POR FALTA
DE PARÂMETROS CLAROS

Bancos demonstram interesse em conceder crédito com juros mais baixos para práticas sustentáveis no agronegócio, mas a ausência de critérios técnicos claros sobre o que é considerado “verde” dificulta a liberação dos recursos. 🔗 Leia matéria no Globo Rural

🔍 Comentários da Descarbonização Competitiva:

A indefinição regulatória sobre o que caracteriza uma prática agrícola sustentável é o principal entrave para escalar o crédito verde no campo. O setor bancário tem apetite e recursos, mas sem uma taxonomia clara, o risco é alto e a oferta se retrai. Importante notar que o agro ficou fora do escopo inicial do mercado regulado de carbono no Brasil, o que retarda ainda mais a consolidação de políticas públicas que tornem o crédito climático uma realidade. A construção de parâmetros objetivos e confiáveis deve ser prioridade imediata.


Entender é construir o futuro melhor.

Abraços
André Ferrarese

Minha jornada de 25 anos em engenharia automotiva me levou a liderar a inovação e a descarbonização globalmente, de São Paulo à Alemanha. 

Como Mestre pela USP, tive a honra de conduzir iniciativas que não apenas transformaram negócios, mas também conquistaram prêmios internacionais por sua excelência em P&D. 

Conectando estratégias e tecnologias de ponta, ajudo a moldar o futuro da mobilidade e da eficiência energética.

André Ferrarese

Minha jornada de 25 anos em engenharia automotiva me levou a liderar a inovação e a descarbonização globalmente, de São Paulo à Alemanha. Como Mestre pela USP, tive a honra de conduzir iniciativas que não apenas transformaram negócios, mas também conquistaram prêmios internacionais por sua excelência em P&D. Conectando estratégias e tecnologias de ponta, ajudo a moldar o futuro da mobilidade e da eficiência energética.

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