
Edição 002 - Como o Brasil pode liderar a corrida da energia limpa?
O que você verá nesta edição:
Cientista da Embrapa vence prêmio global por inovação na agricultura
H2Brazil anuncia investimento de R$ 7,8 bi em hidrogênio verde
Sete projetos industriais brasileiros somam US$ 17 bi em descarbonização
Um em cada quatro lares no Brasil enfrenta pobreza energética
Automação e IA ganham força na infraestrutura e transporte
Debate sobre o impacto ambiental da IA e sua eficiência energética
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Ouça o resumo das análises da Descarbonização Competitiva no Spotify e fique por dentro dos movimentos mais relevantes da transição climática — no seu tempo, no seu ritmo.

CIENTISTA DA EMBRAPA VENCE O “NOBEL” DA AGRICULTURA
O jornal Estadão divulgou recentemente que a pesquisadora brasileira Mariangela Hungria, da Embrapa, foi laureada com o World Food Prize, considerado o “Nobel” da agricultura. O reconhecimento veio por seu trabalho com fixação biológica de nitrogênio, tecnologia essencial para a produtividade agrícola sustentável no Brasil e no mundo. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
O Brasil é referência mundial em agricultura extensiva com base tecnológica. A conquista reforça a importância da nutrição do solo para produtividade, embora ainda exista forte dependência de insumos fósseis. O crescimento no uso de fontes orgânicas e modelos circulares abre espaço para inovação e o país tem vantagens competitivas para considerar essa transição.
H2BRAZIL INVESTIRÁ R$ 7,8 BILHÕES EM
PLANTA DE HIDROGÊNIO VERDE EM MG
A Globo Rural noticiou que a H2Brazil vai investir R$ 7,8 bilhões em uma nova planta de hidrogênio verde em Minas Gerais. O projeto será abastecido por energia solar e eólica para o processo de eletrólise e terá foco tanto em exportação quanto no mercado interno. A iniciativa reforça a posição do Brasil como player estratégico na emergente economia do hidrogênio.
Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
Este projeto marca um avanço estratégico em três frentes: energia, fertilizantes e metanol — os principais usos atuais do hidrogênio, cuja oferta no Brasil ainda depende da importação. A produção local representa um passo importante rumo à escalabilidade e independência tecnológica, abrindo caminho para novas aplicações industriais no futuro. O desafio será alinhar custo, regulação e infraestrutura para garantir competitividade global. 📺 Assista o vídeo no meu canal.
SETE PROJETOS INDUSTRIAIS DE
BAIXO CARBONO SÃO SELECIONADOS
A Eixos publicou que sete projetos brasileiros foram selecionados por uma plataforma internacional voltada à descarbonização industrial, com potencial de investimento que ultrapassa US$ 17 bilhões. As iniciativas se destacaram pela viabilidade técnica e pelo alinhamento às metas de neutralidade climática. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
As tecnologias envolvidas incluem produção de hidrogênio, óleos para SAF (combustível sustentável de aviação), captura de carbono, substituição de materiais por fontes renováveis, pirólise da biomassa e eletrificação de caldeiras. São processos com bom nível de maturidade técnica, mas que ainda enfrentam o desafio de alcançar viabilidade econômica em larga escala, condição essencial para tornarem-se alternativas competitivas em um mercado de alta exigência.
BIOCOMBUSTÍVEIS NA GERAÇÃO ELÉTRICA
O JornalCana publicou um artigo destacando o papel estratégico dos biocombustíveis na geração de eletricidade. A análise aponta que essas fontes complementares podem reforçar a segurança energética e reduzir as emissões de gases de efeito estufa, especialmente em sistemas híbridos ou em regiões com baixa estabilidade de fornecimento. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
O artigo explora o conceito de reforma do biometano para geração de hidrogênio, que então é convertido em eletricidade por células a combustível. No entanto, outras rotas mais simples, como a combustão direta do biogás em geradores, também são viáveis e podem demandar menos purificação. Embora promissor, o modelo de negócios para esse tipo de aplicação ainda carece de clareza econômica e escala, o que limita sua competitividade no curto prazo.
UM EM CADA QUATRO LARES NO BRASIL TEM
POUCO ACESSO À ENERGIA
O Metro1 publicou que aproximadamente 25% dos domicílios brasileiros vivem em alguma forma de pobreza energética. A limitação no acesso à energia compromete não apenas o conforto, mas também o desenvolvimento social e econômico de milhões de pessoas, reforçando a urgência de políticas públicas que garantam acesso universal à energia de forma justa e sustentável. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
A pobreza energética é um problema estrutural e central na discussão sobre transição energética no Brasil. Soluções tecnológicas precisam ser economicamente acessíveis, ou correm o risco de excluir ainda mais parcelas vulneráveis da população, ampliando desigualdades. A descarbonização, para ser efetiva, precisa caminhar junto com inclusão social e acessibilidade, principalmente em regiões com menor infraestrutura e renda. 🎥 Assista o vídeo no meu canal.
AUTOMAÇÃO GANHA FORÇA NA MANUTENÇÃO DE VIAS
O Valor Econômico noticiou que o uso de tecnologia e automação tem se intensificado na manutenção de rodovias brasileiras. Empresas vêm testando drones, sensores e softwares preditivos para monitorar o desgaste das vias, reduzir custos operacionais e contribuir para uma gestão mais sustentável da infraestrutura de transporte, com menor emissão de gases e maior eficiência logística. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
A transformação digital é um dos principais vetores de eficiência para cadeias produtivas. No caso das rodovias, ela permite desde a otimização de fluxos operacionais até a aplicação de inteligência artificial para antecipar falhas e evitar retrabalhos. O impacto não é apenas econômico, mas também ambiental, ao contribuir para uma logística menos intensiva em carbono e mais precisa na alocação de recursos.
CRIAR ENERGIA COM CALOR DA TERRA É NOVO DESAFIO DO INVENTOR DA ETHERNET
O Valor Econômico publicou que Robert Metcalfe, criador da tecnologia Ethernet, está agora investindo em projetos de geotermia para geração de energia limpa. A proposta é utilizar o calor profundo do subsolo para abastecer data centers e aplicações de inteligência artificial, oferecendo uma alternativa de baixa emissão e alto potencial de estabilidade energética.
Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
A energia geotérmica apresenta grande potencial de geração contínua e com baixa variabilidade, sendo uma das fontes mais estáveis de energia limpa. Exemplos como o da Finlândia mostram caminhos viáveis economicamente, mas sua aplicação em outros países depende de condições geológicas específicas. O acesso a essas fontes exige infraestrutura complexa, comparável até às dificuldades do pré-sal. Ainda assim, é um campo de pesquisa estratégico, com alta expectativa de impacto na transição energética global.
ESTUDOS AMPLIAM FOCO NA ELETRIFICAÇÃO
DO TRANSPORTE COLETIVO
O Estadão publicou uma matéria abordando a eletrificação de ônibus no Brasil, destacando a relevância da transição no transporte urbano para redução de emissões. O texto menciona que pesquisas têm avançado sobre a viabilidade técnica e financeira da adoção de frotas elétricas no país. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
Apesar do título sugerir a existência de estudos mais robustos, o conteúdo não apresenta dados concretos ou detalhados. A eletrificação do transporte coletivo é um tema com potencial, mas enfrenta entraves estruturais significativos, como infraestrutura de recarga, custo dos veículos e necessidade de subsídios públicos elevados. A adoção em larga escala ainda depende de soluções mais acessíveis e adaptadas à realidade das cidades brasileiras.
IA GASTA ENERGIA SUFICIENTE PARA ACENDER 240 LÂMPADAS
O Paraíba Online divulgou que, segundo estudos recentes, a geração de uma única imagem por inteligência artificial pode consumir energia suficiente para acender até 240 lâmpadas simultaneamente. O dado reforça as preocupações sobre o custo ambiental da IA diante de sua rápida adoção em múltiplos setores. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
A discussão sobre o alto consumo energético da IA é válida, mas muitas vezes negligencia seu potencial como ferramenta de eficiência. A automação inteligente pode otimizar processos, trajetos e fluxos logísticos, promovendo reduções relevantes no uso de energia em diversas atividades econômicas. O equilíbrio entre custo ambiental e ganho operacional será o ponto-chave para que a IA contribua positivamente para a transição energética. O Brasil, com condições naturais favoráveis para data centers, está bem posicionado para essa discussão.
ÔNIBUS DE SP TÊM VELOCIDADE MÉDIA DE APENAS 15 KM/H
O Estadão publicou que a velocidade média dos ônibus em São Paulo caiu para 15 km/h, afetando diretamente a mobilidade urbana e a eficiência do transporte público. Especialistas alertam que, sem priorização efetiva do transporte coletivo, a cidade continuará enfrentando gargalos que comprometem a fluidez e elevam as emissões do setor. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
A velocidade operacional é um fator crítico na eficiência dos ônibus, principalmente aqueles movidos a combustão, que consomem mais combustível em baixas velocidades. O trânsito urbano intenso é, portanto, um agravante direto das emissões. Engenharia de tráfego inteligente, com foco em rotas otimizadas e prioridade ao transporte coletivo, é uma medida essencial para conter o desperdício energético e reduzir o impacto ambiental da mobilidade urbana. 🎥 Assista o vídeo no Canal: Clique aqui.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS AMPLIAM ALCANCE DA LEPTOSPIROSE
O Estadão divulgou um estudo que mostra como as mudanças climáticas, especialmente o aumento de eventos extremos como enchentes, têm ampliado a incidência de leptospirose. A doença, historicamente associada a áreas de risco, agora ameaça um espectro populacional mais amplo com o avanço das alterações climáticas. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
Ainda estamos compreendendo os impactos sistêmicos das mudanças climáticas. A elevação da frequência de enchentes e outros eventos extremos cria novos riscos sanitários e sociais, exigindo ações preventivas robustas. O crescimento do conceito de resiliência climática, tanto em políticas públicas quanto em estratégias corporativas, é uma resposta necessária a esses efeitos interconectados que ainda estamos começando a dimensionar.
BRECHA LEGAL PODE LEVAR O HIDROGÊNIO AO GREENWASHING
A Eixos publicou uma matéria alertando que mudanças propostas na legislação ambiental brasileira podem enfraquecer os critérios de exigência para projetos de hidrogênio de baixo carbono. Ambientalistas temem que essa flexibilização acabe abrindo margem para práticas de greenwashing, dificultando a credibilidade dos empreendimentos sustentáveis.
Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
Apesar de o hidrogênio ser o foco da reportagem, o alerta poderia se aplicar a qualquer frente energética. O avanço do licenciamento ambiental deve buscar mais agilidade com responsabilidade, mas isso não pode significar uma autorização irrestrita. O verdadeiro desafio está em criar sistemas regulatórios eficazes que permitam inovação com responsabilidade técnica, ambiental e social — exigência que está no centro das grandes demandas da sociedade.
BRASIL PODE CONTER DESMATAMENTO SE USAR SUA TECNOLOGIA
O Estadão divulgou que o Brasil já possui tecnologia suficiente para conter boa parte do desmatamento, principalmente na Amazônia. O grande desafio é integrar dados, inteligência artificial e fiscalização efetiva por meio de políticas públicas articuladas e governança coordenada. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
A adoção de tecnologias de monitoramento contínuo, como satélites e inteligência geoespacial, pode cobrir áreas comparáveis ao tamanho da Europa Ocidental. No entanto, sua eficácia depende da liderança do Brasil, tanto por soberania quanto por responsabilidade. Dada a relevância global da floresta, é legítimo que o financiamento e o suporte técnico envolvam também atores internacionais. Essa é mais uma prova de que a tecnologia pode ser aliada central na descarbonização, desde que bem integrada a estratégias de escala.
STARTUP SUÍÇA PRODUZ DIESEL A PARTIR DA LUZ SOLAR
O Wall Street Journal noticiou que a startup suíça Synhelion desenvolveu uma tecnologia que permite converter energia solar em diesel sintético, uma solução voltada especialmente para os setores de indústria pesada e aviação, onde a descarbonização enfrenta barreiras mais complexas.
Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
O processo descrito está relacionado à produção de HVO (óleo vegetal hidrotratado). A ideia de usar resíduos como base da hidrogenação é promissora, mas ainda limitada pela falta de escala e custos elevados. Por ora, o uso de óleos vegetais segue como a alternativa com maior potencial de expansão e menor intensidade de preço. É um campo relevante, mas que ainda precisa de avanços em viabilidade econômica para competir com combustíveis fósseis em larga escala.

ACELEN COMEÇA A PLANTAR MACAÚBA NA BAHIA
PARA BIOCOMBUSTÍVEIS
A Eixos noticiou que a empresa Acelen iniciou o plantio de macaúba no interior da Bahia como parte de sua estratégia para produção de biocombustíveis renováveis. A oleaginosa é considerada uma alternativa sustentável, com impacto positivo na economia regional e no aproveitamento de áreas degradadas. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
Esse movimento retoma uma ideia de quase 20 anos, quando o biodiesel começou a ser introduzido no Brasil. A diferença agora está na tecnologia de hidrogenação, que oferece uma base mais estável e eficiente do que os processos anteriores de esterificação. Além disso, a macaúba tem potencial para gerar querosene de aviação sustentável, o que pode transformar o Nordeste brasileiro em um hub internacional de biocombustíveis.
MARCO RUBIO QUER EXCEDENTE PARAGUAIO
DE ITAIPU PARA IA AMERICANA
O Valor Econômico publicou que o senador norte-americano Marco Rubio propôs utilizar a energia excedente da usina de Itaipu, atualmente pertencente ao Paraguai, para alimentar data centers de inteligência artificial nos EUA. A proposta levanta discussões sobre soberania energética, diplomacia regional e prioridades estratégicas. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
A disputa por energia limpa já é, claramente, um jogo geopolítico de alto valor estratégico. Nesse contexto, algumas propostas públicas tendem a enfatizar visões políticas frágeis, mas ainda assim revelam uma mensagem central importante: a energia de baixo carbono será diferencial competitivo entre países. O Brasil e seus vizinhos precisam se posicionar estrategicamente frente a esse novo cenário.
EMISSÃO DE CO₂ PELA PETROBRAS TEM REDUÇÃO
DE 39% EM RELAÇÃO A 2015
A Agência Brasil informou que a Petrobras alcançou uma redução de 39% nas suas emissões operacionais de CO₂ desde 2015. O resultado é atribuído à melhoria da eficiência energética e ao uso de novas tecnologias, como parte do compromisso da empresa com a neutralidade de carbono até 2050. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
A Petrobras é uma das maiores operadoras mundiais em armazenamento geológico de CO₂, graças à tecnologia aplicada nos campos do pré-sal. Isso faz com que o petróleo brasileiro esteja entre os menos intensivos em carbono do mundo. A eficiência operacional aliada à inovação pode posicionar a empresa como referência em transição energética no setor de óleo e gás.
LEILÃO DE CONCESSÃO FLORESTAL NO AMAZONAS
É VENCIDO POR TRÊS EMPRESAS
O Valor Econômico informou que três empresas venceram o leilão de concessões florestais no Amazonas, que prevê contratos de até 40 anos com exigência de planos de manejo sustentável. A iniciativa busca aliar uso econômico responsável da floresta à preservação da biodiversidade, além de gerar emprego e renda na região. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
O manejo florestal sustentável é uma das estratégias mais eficazes para garantir que a floresta se mantenha em pé com valor econômico agregado. Além de preservar a biodiversidade, esse modelo ajuda a consolidar grandes áreas preservadas por meio de contratos que exigem responsabilidade técnica e rastreabilidade — um passo relevante para viabilizar a bioeconomia na Amazônia.
UBS 2025 EV SURVEY: PRINCIPAIS CONCLUSÕES
O Investing divulgou os resultados do levantamento global UBS EV Survey 2025, que revela tendências para o mercado de veículos elétricos. Entre os destaques estão a liderança chinesa, avanços nas tecnologias de baterias e mudanças no comportamento do consumidor, com aumento no interesse por soluções híbridas. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
O movimento do mercado tem refletido uma revisão das metas de eletrificação total, com crescimento das soluções híbridas. Essa alternativa oferece ganhos expressivos de eficiência com menor exigência de infraestrutura e menor custo de adoção, tornando-se uma ponte viável para a transição. O desafio continua sendo garantir o abastecimento com combustíveis sustentáveis em paralelo à expansão da energia limpa. 🎥 Assista o vídeo no meu Canal: Clique aqui para assistir.
HONDA REDUZ INVESTIMENTO EM ELÉTRICOS
EM MAIS DE US$ 20 BILHÕES
A Eixos informou que a Honda anunciou um corte superior a US$ 20 bilhões no seu plano global de eletrificação, motivado pela queda da demanda por veículos 100% elétricos. A montadora japonesa deve reconfigurar sua estratégia e plantas industriais, apostando em novos formatos de transição. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
A decisão da Honda reforça o sinal de que o setor automotivo está reposicionando suas apostas em soluções híbridas como alternativa mais viável a curto e médio prazo. Esse modelo abre espaço para a combinação com biocombustíveis, criando rotas de descarbonização mais acessíveis em mercados emergentes e de infraestrutura limitada.
AVB TERÁ NOVA PLANTA DE GASES NO MARANHÃO
A Revista Mineração publicou que a Aço Verde do Brasil (AVB) vai instalar uma nova planta para produção de gases do ar e biochar no Maranhão. O projeto faz parte da estratégia da empresa para fortalecer a economia circular e ampliar a capacidade de produção de aço verde no Brasil, com menor intensidade de carbono. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
O movimento da AVB atende à crescente demanda por materiais de baixa pegada de carbono, ainda que esse mercado seja restrito em volume atualmente. A implantação dessa planta oferece uma oportunidade estratégica para testar e aperfeiçoar novas rotas tecnológicas, criando caminhos para modelos de alta eficiência e competitividade de custos, que poderão ganhar escala nos próximos anos.

SENADO APROVA MARCO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
A CNN Brasil divulgou que a Comissão de Meio Ambiente do Senado aprovou o novo marco legal do licenciamento ambiental, após 21 anos de tramitação. A proposta busca oferecer mais segurança jurídica para projetos de infraestrutura e energia, equilibrando desenvolvimento econômico e proteção ambiental. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
A aprovação representa uma evolução regulatória relevante, mas seus impactos dependerão fortemente de como será implementada e fiscalizada. A busca por agilidade nos licenciamentos deve ser acompanhada de rígido controle ambiental, para garantir que a proteção dos ecossistemas não seja comprometida em nome da velocidade dos projetos.
MUNDO TEM PERDA RECORDE DE FLORESTAS TROPICAIS
O Valor Econômico publicou que 2024 registrou a maior perda de florestas tropicais da década. O levantamento aponta causas como incêndios, desmatamento ilegal e pressões econômicas, além de discutir soluções como conservação ativa e fortalecimento do financiamento climático para reverter esse cenário alarmante. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
O financiamento climático é um dos maiores desafios para conter a degradação das florestas. No entanto, o uso intensivo de tecnologia ainda é subaproveitado na maioria dos países, especialmente nas regiões tropicais. Investir em soluções digitais para monitoramento, rastreabilidade e fiscalização em tempo real pode ser determinante para reverter esse quadro e proteger os principais biomas do planeta.
IBAMA APROVA PLANO DA PETROBRAS PARA EXPLORAR
NA MARGEM EQUATORIAL
A CNN Brasil informou que o Ibama aprovou o plano de estudos da Petrobras na Margem Equatorial, etapa preliminar que pode viabilizar a exploração de petróleo na região. O projeto tem gerado controvérsias devido à sensibilidade ambiental da área. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
É essencial entender que o desenvolvimento econômico é fator-chave para permitir que países como o Brasil acelerem sua transição para sistemas de baixo carbono. Na realidade, países em desenvolvimento ainda são os que mais crescem proporcionalmente em emissões, justamente por dependerem de crescimento econômico. Além disso, o petróleo brasileiro, em especial o do pré-sal, está entre os de menor intensidade de carbono do mundo, sendo, estrategicamente, um dos últimos que deveriam ser substituídos na jornada global de descarbonização.
BRICS DEFENDE USO DE FÓSSEIS DURANTE TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
O Poder360 divulgou que, durante um encontro internacional, os países do Brics defenderam a inclusão dos combustíveis fósseis como parte do processo de transição energética. O posicionamento busca garantir segurança energética e justiça climática, respeitando as diferenças econômicas e estruturais entre os países. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
É natural que países em desenvolvimento defendam a continuidade dos fósseis na transição, especialmente sem uma compensação financeira dos países ricos. No entanto, o debate precisa ser mais qualificado: ao invés de discutir o banimento total dos fósseis, o foco deveria estar em eliminar os de maior intensidade de carbono, como carvão e bunker fuel, priorizando sua substituição por gás natural e diesel, que são tecnologias de descarbonização conhecidas e aplicáveis no curto prazo.
REGIÕES BRASILEIRAS AVANÇAM EM TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
NO TRANSPORTE PÚBLICO
A Automotive Business publicou que diversas cidades brasileiras estão ampliando projetos de eletrificação de ônibus e adoção de biocombustíveis no transporte público. As iniciativas ainda são pontuais, mas indicam uma transição gradual na mobilidade urbana, alinhada às metas de redução de emissões. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
Uma abordagem neutra em tecnologia oferece melhores chances de sucesso, permitindo combinar eletrificação, biocombustíveis e soluções híbridas, de acordo com a viabilidade de cada cidade. É importante lembrar que 50% dos municípios brasileiros sequer possuem transporte público estruturado, muitas vezes por conta dos altos custos de subsídio, o que torna qualquer solução dependente de modelos sustentáveis não apenas ambientalmente, mas também financeiramente viáveis. 🎥 Vídeo no canal.
ROUBO DE VENTO AMEAÇA PARQUES EÓLICOS OFFSHORE
A BBC News Brasil noticiou que o fenômeno conhecido como “efeito esteira”, também chamado de roubo de vento, pode reduzir significativamente a eficiência dos parques eólicos offshore quando as turbinas estão muito próximas umas das outras. Estudos apontam que esse efeito pode se agravar com a rápida expansão da energia eólica no mar, exigindo planejamento espacial mais preciso e sofisticado. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
Estamos em um contexto de adoção acelerada de tecnologias, muitas vezes sem tempo suficiente para compreender todos os efeitos colaterais e limitações operacionais. O fenômeno do roubo de vento é um exemplo claro de como o desenho dos projetos precisa evoluir junto com o avanço tecnológico. O aprendizado dos primeiros casos será determinante para definir se, como e em que escala a energia eólica offshore continuará se expandindo de forma sustentável e eficiente.
MINAS GERAIS NA ENCRUZILHADA DA DESCARBONIZAÇÃO
O O Tempo publicou uma análise sobre os desafios de Minas Gerais na transição energética, especialmente devido à dependência da mineração. A proposta de descarbonização envolve diversificar a economia, adotar novas tecnologias e ampliar a participação social como pilares para uma transição bem-sucedida e sustentável. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
Minas Gerais enfrenta o dilema de ser, ao mesmo tempo, uma grande fonte de emissões e uma base essencial para os minerais críticos que viabilizam a própria descarbonização global. Por isso, o conceito de cadeia circular, com reaproveitamento de materiais e redução do impacto ao longo de todo o ciclo produtivo, precisa ganhar protagonismo na indústria da mineração. Esse será um fator decisivo para alinhar crescimento econômico e sustentabilidade.
DO ‘GREENWASHING’ À AÇÃO: COMO PROJETOS DE CARBONO
PODEM SER CONFIÁVEIS
O Estadão publicou uma análise sobre os riscos de greenwashing nos projetos de crédito de carbono e discute os caminhos para que essas iniciativas sejam, de fato, confiáveis e robustas. A matéria defende a adoção de maior padronização, rastreabilidade e governança, com metodologias rigorosas alinhadas aos padrões internacionais. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
O problema do greenwashing, muitas vezes, não nasce de má fé, mas sim de modelos frágeis e imaturos de mensuração, validação e verificação. Os mercados voluntários de carbono têm servido como laboratórios de aprendizado, mas com a migração para mercados regulados, o desafio de medição, rastreabilidade e controle cresce exponencialmente. Por outro lado, isso também eleva o potencial do mercado de carbono como uma força real de transformação e descarbonização global.
DEMANDA POR COBRE AMEAÇA TRANSIÇÃO ENERGÉTICA GLOBAL
O Click Petróleo e Gás divulgou um alerta da Agência Internacional de Energia (AIE) sobre como a crescente demanda por cobre e outros minerais críticos pode representar um risco para o ritmo da transição energética global. O relatório também destaca a dependência da China no refino desses materiais e os riscos geopolíticos e econômicos associados. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
O desafio não se limita ao cobre. Lítio, níquel, cobalto, manganês e terras raras estão no mesmo contexto de pressão crescente. A corrida por esses minerais reorganiza mercados, amplia a competição geopolítica e cria novas tensões nas cadeias globais de suprimentos. Esse cenário exigirá não só novas formas de cooperação internacional, mas também uma revisão sobre como estruturar cadeias mais resilientes, diversificadas e menos concentradas geograficamente.

INDÚSTRIA BRASILEIRA INVESTE MAIS DE R$ 100 MI EM TECNOLOGIA DE CAPTURA DE CARBONO
A Agência de Notícias da Indústria (CNI) divulgou que a indústria brasileira está ampliando seus investimentos em tecnologias de captura e armazenamento de carbono, superando a marca de R$ 100 milhões em aportes. Empresas como ArcelorMittal e Raízen lideram essas iniciativas, que contam com o apoio de centros de pesquisa e marcos regulatórios emergentes voltados à descarbonização industrial. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
O crescimento dos investimentos em captura de carbono reflete uma necessidade industrial crescente de reduzir emissões, principalmente em setores de difícil abatimento, como siderurgia e energia. O desafio está em transformar essas iniciativas em modelos economicamente viáveis e escaláveis, sempre considerando que a captura faz mais sentido em fontes de alta concentração, onde a relação entre custo e impacto ambiental é mais favorável.
BUSCA POR US$ 1,3 TRI MOBILIZA ESFORÇOS PARA COP30
O Valor Econômico publicou que a busca por US$ 1,3 trilhão em financiamento climático está mobilizando articulações para a COP30 na Amazônia. As discussões envolvem modelos como blended finance, fundos garantidores e estímulos multilaterais, com o objetivo de viabilizar aportes em larga escala para projetos de mitigação e adaptação climática. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
A captura e armazenamento de carbono ganha força nesse contexto, especialmente quando aplicada a fontes de alta concentração, onde o custo é mais justificável. O modelo de uso do CO₂ capturado tem se mostrado mais atraente, por criar cadeias mais circulares e econômicas. Além disso, o potencial geológico brasileiro, como os solos basálticos, favorece o armazenamento de carbono, reduzindo o tempo de saturação dos locais e permitindo uma reutilização mais acelerada, algo que pode ser decisivo na construção desse novo mercado.
FUNDO CLIMA APROVA R$ 11,2 BI EM INVESTIMENTOS PARA 2025
O Governo Federal anunciou que o Fundo Clima, operado pelo BNDES, aprovou R$ 11,2 bilhões em investimentos para 2025. Os recursos serão destinados a projetos de energia renovável, mobilidade sustentável e agricultura resiliente ao clima, ampliando a capacidade de financiamento para a transição verde no país. Leia a matéria completa aqui.
🔍 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:
O Fundo Clima se consolida como um dos principais mecanismos de financiamento da descarbonização no Brasil, ampliando o acesso a crédito para projetos de baixa emissão e alta resiliência climática. A injeção de novos recursos amplia a oportunidade para desenvolver tecnologias e modelos que aliem sustentabilidade, viabilidade econômica e impacto positivo em escala nacional.
Entender é construir o futuro melhor.
Abraços
André Ferrarese


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