Empresário segura um pote de moedas de onde cresce uma árvore, simbolizando como investimentos sustentáveis podem gerar valor e impulsionar a nova economia verde. Ao lado, a frase “Descarbonização Competitiva” destaca o equilíbrio entre lucro e impacto ambiental positivo.

Edição 001 - Você sabe por que o Brasil está no centro da nova economia verde?

June 11, 202511 min read

O que você verá nesta edição:

  • A nova fase da transição energética brasileira e os setores prioritários

  • Por que o Brasil é estratégico na produção de biocombustíveis como o etanol

  • A aposta no hidrogênio subterrâneo natural e em combustíveis sintéticos

  • Como o design de produtos pode acelerar (ou travar) a descarbonização

  • Reatores nucleares pequenos ganham espaço para abastecer data centers

  • Dinamarca inaugura 1ª planta comercial de e-metanol do mundo

 

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REATOR TRANSFORMA CO₂ EM COMBUSTÍVEL

Pesquisadores da Universidade de Cambridge desenvolveram um reator solar capaz de capturar CO₂ da atmosfera e convertê-lo em combustível renovável. Para mais detalhes, a matéria completa está disponível aqui.

📌 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:

Capturar CO₂ diretamente do ar é um desafio: a concentração atmosférica é muito baixa (cerca de 500 ppm). Por isso, o mais eficaz é integrar esse tipo de solução a fontes concentradas de carbono, como a fermentação no etanol ou a purificação do biogás na produção de biometano.


HIDROGÊNIO SUBTERRÂNEO NATURAL

Pesquisadores descobriram depósitos significativos de hidrogênio natural a cerca de 3.000 metros de profundidade na Bacia de Lorraine, na França. Para mais informações, acesse a matéria completa aqui.

📌 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:

Processos geológicos como esse são promissores, mas é preciso entender a produtividade real e a pureza do hidrogênio extraído. O potencial existe, mas ainda falta maturidade tecnológica e escala para se tornar competitivo.


GM E BATERIAS DE NOVA GERAÇÃO

A GM e a LG anunciaram o desenvolvimento de baterias de lítio-manganês com maior autonomia e menor custo, com produção prevista para começar em 2028. Para mais informações, a matéria completa está disponível aqui.

📌 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:

Substituir cobalto por níquel já é um caminho conhecido. O diferencial aqui é o uso de maior teor de manganês, que ainda é relativamente novo. É importante acompanhar como essa solução se comporta em termos de produtividade, durabilidade e custo real.


BOSCH E POWERTRAIN A H₂

A Bosch e a Ligier apresentaram um veículo a hidrogênio no Le Mans 24H, demonstrando a viabilidade do combustível no automobilismo. Confira mais informações aqui.

📌 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:

O motor de combustão a hidrogênio está ganhando espaço: ele tem grande potencial de escala dentro da indústria automotiva já existente. Mas ainda há um desafio importante: a infraestrutura de fornecimento de hidrogênio limpo precisa ser desenvolvida para tornar essa solução viável em larga escala.


REATORES NUCLEARES E DATA CENTERS

O governo brasileiro estuda o uso de pequenos reatores nucleares modulares (SMRs) para garantir energia confiável a data centers no país. Mais informações aqui.

📌 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:

Data centers têm altas demandas de energia e precisam de fornecimento seguro, 24/7. A energia nuclear surge como opção para complementar fontes intermitentes como eólica e solar. O conceito em análise são os reatores pequenos e modulares, mais flexíveis para projetos específicos como esse.


DESIGN E SOLUÇÕES CLIMÁTICAS

Estudos mostram que 70% do impacto ambiental de um produto é definido na fase de design. Soluções criativas, como a reorganização da cadeia de suprimentos ou a revisão de materiais e processos, podem reduzir emissões de forma eficaz e menos dependente de tecnologias complexas. Para mais detalhes, acesse aqui.

📌 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:

Revisar cadeias e repensar o design são caminhos muitas vezes subestimados, mas com grande potencial de descarbonização. O desafio? Mapear todo o impacto, considerando a capilaridade das atividades logísticas e dos projetos de produto. É um trabalho que exige visão sistêmica, mas pode trazer resultados rápidos e escaláveis.


ETANOL E TRANSIÇÃO

O uso de etanol ajudou a reduzir em 7,2% a emissão de particulados no transporte, com ganhos para a saúde pública e a sustentabilidade. Para mais informações, acesse aqui.

📌 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:

Os combustíveis sustentáveis podem ser de três tipos:

1️. Primeira geração – direto do cultivo (como o etanol).
2️.
Segunda geração – a partir de resíduos.
3️
. Sintéticos – criados com energia limpa.

O etanol, de primeira geração, é o mais competitivo hoje e tem o maior potencial de crescimento. Além disso, o uso de terras degradadas no mundo amplia ainda mais sua relevância como solução sustentável.


SOLAR REDUZ CUSTO NA AMAZÔNIA

Na Ilha das Cinzas (PA), um projeto de energia solar substituiu geradores a diesel e reduziu em 44% o custo de energia para a comunidade. Para mais detalhes, acesse aqui.

📌 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:

A pobreza energética é um desafio crítico: em regiões isoladas, não é só o custo alto, mas também a falta de acesso à energia que trava o desenvolvimento social e econômico. A energia solar é uma solução interessante, mas traz desafios de manutenção e capacitação. É fundamental criar novos arranjos completos de cadeia, adaptados à realidade local, para garantir a continuidade e o impacto das soluções.

 

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GÁS NATURAL GANHA PROTAGONISMO NA TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

O gás natural está ganhando espaço como alternativa estratégica para a indústria e o transporte, impulsionado por investimentos em infraestrutura e políticas públicas. Mais informações aqui.

📌 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:

O gás natural é o fóssil de menor intensidade de carbono — substituindo o diesel, pode reduzir emissões em até 25%. No entanto, o ganho de escala depende da expansão da infraestrutura de distribuição. Investir nessa estrutura permite também misturas com biometano, ampliando ainda mais o potencial de descarbonização e criando rotas híbridas para a transição.


ETANOL E E-MOBILIDADE

Montadoras como a Volkswagen apontam o etanol como uma alternativa complementar à eletrificação, especialmente em países em desenvolvimento. A matéria completa pode ser lida aqui.

📌 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:

O potencial do etanol vai muito além do Brasil: o crescimento do etanol na Índia é um exemplo de como soluções regionais ganham força no cenário global. Além disso, os motores a etanol podem ser calibrados para operar em modo flex com metanol — que, por sua vez, é considerado um e-fuel produzido a partir de hidrogênio de baixo carbono na Europa. Oportunidades cruzadas para soluções globais.


BIOECONOMIA NA AMAZÔNIA

Um estudo do WRI destaca o potencial da bioeconomia no Pará, com impactos positivos para o PIB, geração de empregos e a arrecadação do estado. Para mais detalhes, confira a matéria aqui.

📌 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:

O impacto vai além da economia: a bioeconomia ajuda a conter o desmatamento, preserva a biodiversidade e mantém vivas as riquezas naturais e culturais da região. Isso também cria oportunidades para novas pesquisas, tecnologias inovadoras e modelos de prosperidade econômica, com efeitos positivos para a mitigação ambiental de forma mais ampla e significativa.


BOSCH E POWERTRAIN A H₂

A Bosch e a Ligier apresentaram um veículo a hidrogênio no Le Mans 24H, demonstrando a viabilidade do combustível no automobilismo. Confira mais informações aqui.

📌 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:

O motor de combustão a hidrogênio está ganhando espaço: ele tem grande potencial de escala dentro da indústria automotiva já existente. Mas ainda há um desafio importante: a infraestrutura de fornecimento de hidrogênio limpo precisa ser desenvolvida para tornar essa solução viável em larga escala.


BIOMETANO CIRCULA NO CEARÁ

O biometano já representa 15% do consumo de gás natural no Ceará e está sendo distribuído pela Cegás. Para mais informações, acesse aqui.

📌 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:

O potencial do biogás no Brasil ainda é subutilizado. A ampliação da infraestrutura de distribuição, como está acontecendo no Ceará, destrava investimentos e acelera o crescimento desse mercado. O biometano tem duplo benefício: evita o empenhamento de metano na atmosfera e substitui o uso de combustíveis fósseis, ajudando a descarbonizar de forma efetiva e escalável.


E-METANOL NA DINAMARCA

A Dinamarca inaugurou a primeira planta comercial de e-metanol do mundo, marcando um avanço importante para os combustíveis sintéticos sustentáveis. Para saber mais, acesse aqui.

📌 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:

Hoje, os principais usos do metanol são no refino de petróleo, na produção de biodiesel e HVO e em processos industriais. A nova planta na Dinamarca tem como foco o setor marítimo, já que os navios precisam cumprir metas globais de descarbonização. O e-metanol, produzido a partir de hidrogênio de baixo carbono, é uma opção interessante por ser um combustível líquido mais fácil de manusear que a amônia. No entanto, o manuseio seguro do metanol ainda exige cuidados rigorosos.


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CONSULTA PÚBLICA SOBRE BIOMETANO

O Ministério de Minas e Energia (MME) abriu consulta pública para o decreto que vai regulamentar o Programa de Incentivo ao Biometano, com foco em promover o uso de biogás na matriz energética brasileira. Mais informações aqui.

📌 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:

O potencial do biometano no Brasil é enorme: ele pode gerar o equivalente a 70% do diesel consumido anualmente no país. Mas para isso acontecer, é fundamental investir em incentivos, pesquisa e eficiência, evitando uma dependência prolongada de subsídios fiscais — um erro comum que já limitou o avanço de outras tecnologias.


TRUMP E CRÉDITO DE CARBONO

Trump anunciou que pretende eliminar subsídios para veículos elétricos, uma medida que impacta diretamente os mercados globais de carbono e pressiona o ritmo da transição energética. Mais detalhes aqui.

📌 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:

Quando uma das maiores economias do mundo indica que vai frear compromissos climáticos, há o risco de desequilíbrio competitivo. Mas o fato é: a demanda global por soluções de menor impacto ambiental não vai parar. O desafio para o Brasil é manter a competitividade econômica e transformar seu potencial em liderança real. Nossas soluções — como etanol, biometano, bioenergia — já são vistas com receio em muitos mercados, justamente pelo potencial de destaque que o Brasil tem.


REGRAS PARA MONTADORAS NA EUROPA

O Parlamento Europeu aprovou regras mais flexíveis para montadoras entre 2025 e 2027, facilitando o cumprimento das metas de redução de CO₂. Mais detalhes aqui.

📌 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:

Apesar da flexibilidade, o sistema europeu segue com metas ambiciosas. O que mudou é a percepção de que limitar as opções de descarbonização compromete a competitividade. O novo foco é a neutralidade tecnológica: cada país ou região pode escolher as melhores soluções para descarbonizar, de acordo com sua tecnologia disponível e seus recursos naturais.


PRESSÃO DOS EUA SOBRE RISCO CLIMÁTICO

Os Estados Unidos pressionaram por regras mais brandas sobre risco climático nos acordos de Basileia, levando o Fed a recuar em algumas exigências. Mais detalhes aqui.

📌 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:

Esse movimento pode reduzir a disposição de financiar soluções de baixo carbono, já que o nível de risco atribuído a essas tecnologias pode ser interpretado de forma menos favorável. Por outro lado, é preciso encontrar um equilíbrio sustentável, para que as novas tecnologias sejam viáveis, sem travar o acesso a recursos financeiros.


ESTRATÉGIA CLIMÁTICA PRÓPRIA PARA O BRASIL

O Plano Clima recebeu contribuições de 24 mil pessoas para formular a Estratégia Nacional de Adaptação às Mudanças Climáticas até 2035. Mais informações aqui.

📌 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:

Esse é um caminho importante: enquanto 75% das emissões globais vêm do setor de energia, no Brasil essa fatia é de apenas 25%. Por isso, a estratégia nacional precisa considerar soluções específicas para o nosso contexto e, ao mesmo tempo, explorar o potencial do Brasil como exportador de soluções de descarbonização. É o que pode garantir crescimento econômico sustentável, inclusão social e posicionamento global estratégico.


SAF E AGENDA PRESIDENCIAL

Brasil e Chile firmaram uma cooperação para pesquisa em combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) durante a visita presidencial de Gabriel Boric ao Brasil. Mais detalhes aqui.

📌 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:

O Chile tem a maior incidência solar da América do Sul, o que torna a geração de eletricidade solar abundante e eficiente. Por isso, o país já avança na indústria do hidrogênio — uma tendência que também deve ganhar força no Brasil. O SAF surge como um campo de interesse comum, conectando biocombustíveis, hidrogênio e soluções sintéticas em uma cooperação estratégica.

 

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NOVOS PROJETOS PARA DESCARBONIZAÇÃO

O Brasil selecionou 7 projetos industriais com apoio global para acelerar a descarbonização, somando mais de R$ 42 bilhões em investimentos. Saiba mais aqui.

📌 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:

Os fundos internacionais para acelerar a descarbonização devem crescer — seja para pesquisa e desenvolvimento, seja para soluções piloto que comprovem a viabilidade econômica de novas rotas. Entender quais são os projetos, como eles se conectam com as suas atividades ou onde existem pontos de semelhança pode abrir grandes oportunidades de negócio.


SEGUNDA ONDA DA TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

O Brasil inicia uma nova fase da transição energética, focando em SAF (combustível sustentável de aviação), hidrogênio verde e metanol, com apoio do BNDES. Para mais informações, acesse aqui.

📌 ANÁLISE DESCARBONIZAÇÃO COMPETITIVA:

A baixa competitividade de muitas tecnologias em estágio inicial limitou o avanço da descarbonização em larga escala. Agora, com mais maturidade, é hora de acelerar as implementações. Para isso, desenvolver e conectar cadeias produtivas pode ser um desafio complexo — mas é o único caminho para transformar investimentos em impacto real e resultados econômicos.

 

Entender é construir um futuro melhor.

Abraços
André Ferrarese

Minha jornada de 25 anos em engenharia automotiva me levou a liderar a inovação e a descarbonização globalmente, de São Paulo à Alemanha. 

Como Mestre pela USP, tive a honra de conduzir iniciativas que não apenas transformaram negócios, mas também conquistaram prêmios internacionais por sua excelência em P&D. 

Conectando estratégias e tecnologias de ponta, ajudo a moldar o futuro da mobilidade e da eficiência energética.

André Ferrarese

Minha jornada de 25 anos em engenharia automotiva me levou a liderar a inovação e a descarbonização globalmente, de São Paulo à Alemanha. Como Mestre pela USP, tive a honra de conduzir iniciativas que não apenas transformaram negócios, mas também conquistaram prêmios internacionais por sua excelência em P&D. Conectando estratégias e tecnologias de ponta, ajudo a moldar o futuro da mobilidade e da eficiência energética.

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